![]() |
A normalidade é um tédio.
|
A aranha que dança na parede me chama pra dançar,
cuidadosamente tece com seus fios macios aquilo que aquece meu cérebro agora já
tão frio.
Desespero e medo rompem a última barreira que me prende a
esse Mundo e as portas se abrem pra que eu mergulhe profundamente dentro de
mim, ensaiando uma melodia triste até me perder e encontra-la ali a se mover
estranhamente no meu ritmo.
A aranha que dança na parede me chama pra dançar. Me abraça,
entrelaça. E morde, envenena, anestesia. Apaga minha mente, cala aquelas bocas
imundas, fecha meus ouvidos, turva a visão, silencia minha alma pras coisas do
mundo, amacia meus músculos.
Tão bela quanto
maldita, canta minha sinfonia de morte, silva nesse ritmo um Ode à destruição.
A nossa destruição.
Num beijo se despede e me engole, me leva pro seu mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário