"Pra dançar na chuva é preciso acolher de bom grado, também a tempestade."
Eu realmente gostaria de ter mais inspiração (E tempo!) pra escrever, me concentrar e manter meu foco mas troquei tudo isso por uma eterna dor de cabeça.
No meio desse redemoinho dou de cara com a minha velha saudade...
Da solidão fria, do cinza do concreto me cercando e só eu ali perdida e ainda assim em segurança...
E do tempo livre pra trocar a realidade por todo tipo de perversidade barata concebida em algum boteco vagabundo, e esboçado rapidamente em carvão.
E da saudade da chuva e do blues. E da insônia. Do cigarro escondido. Do café gelado.
De um olhar sem vergonha, da falta de medo, do beijo roubado, proibido e em publico e do que havia em segredo. E do ódio e do amor tão lado a lado, do cheiro de vinho embriagando os sentidos...
Saudade de tudo que foi tão sujo,destrutivo e imoral.
E inda assim tão sublime, tão sagrado.
Mas é que nessa vida até a dor se houver sido por querer, se torna lembrança do que é prazer. E ai a gente aprende a contemplar mesmo a beleza que a desconstrução tem, torna mesmo a tristeza sincera, pura e cristalina e simplifica a existência e se contenta em só "sentir".
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