terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Palavras.

Palavras.
Palavras cheias de significados explicitados por outras palavras.
Palavras vazias que saem dos lábios inverossímeis.
Palavras para entreter, apelar, distrair, esquecer.
Palavras por todos os cantos, ainda incapazes de traduzir.
Palavras formadas por sílabas, letras, fonemas.
Formando frases, sentenças, diálogos, poemas.
Palavras que julgam e condenam o à morte.
Palavras que fazem, realizam e aplicam.
Palavras de ordem, de prazer, de poder, dominação.
Palavras que abusam, manipulam, machucam.
E palavras bondosas, gentis, bem aplicadas.
Palavras leves, tolas, formando histórias desconexas.
Palavras que lembram momentos, que matam lembranças e renascem em sorrisos.
Palavras que destroem o silêncio, o pensamento, quebram uma vasta solidão.
Palavras dispensáveis, que me amortecem, consolam, acariciam.
Palavras que me levam pra outro mundo,
Que o chamam, para o meu mundo.
Enquanto significados, profundos, me escorrem mudos pelos olhos.
A entregar calados, tudo o que as palavras não podem dizer.

Um comentário:

  1. Palavras, o meio que nos escolhemos para nos mostrar ao mundo, e ao mesmo tempo escapar dele

    ResponderExcluir