Casarão vazio, chão de madeira, porta-retratos pelos móveis, espelhos e quadros nas paredes.
Um frágil espectro bailando no salão, rodopiando memórias, indo e vindo, um fantasma perdido no passado.
Uma flor se apagando no vendaval do tempo.
Fora do casarão, um céu se prostrava cinza sobre o chão de Terra. E enquanto as árvores morriam, as folhas secas farfalhavam,dando ritmo à melodia.
As coisas ali empoeiradas eram mortalmente cheias de vida, contando a história de outra época, outros sonhos.
Sonhos que a vida despedaçou friamente com sua realidade muitas vezes cruel.
A imagem da pequena criança inocente brincando, da mãe acariciando seus cabelos, do pai narrando contos de fada, sendo a doçura sempre a cura, cada pedacinho de vida que passara por ali marcados, agora à ir ao chão roído pelas pragas, junto com o Casarão.
-Trecho escrito no mínimo, 5 anos atrás.
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