segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
American Horror History - Asylum.
Há muito tempo a madame aqui vem procrastinando milhões de coisas mas enfim, me senti perturbada e com a mente tão agitada que precisei escrever na hora minha opinião, e expor minha satisfação, confesso.
Terminei há alguns minutinhos de American Horror Story- Asylum.
Lançada esse ano, a segunda temporada de AHS não mantem conexões com a primeira. A História se passa essencialmente na década de 60 com o drama de Kit Walker, um homem branco que decide se casar com uma mulher negra. Porém sua mulher é assassinada e acusado de insanidade, Kit é enviado para o "Hospício" de Briarcliff, comandado pela severa Irmã Judy e seus fiéis subordinados, Irmã Mary e Dr. Arden, um médico com ligações aos nazistas e tirano que usa os pacientes como cobaias nos experimentos mais absurdos possíveis.
No meio tempo em que está internado conhece Lana, uma repórter internada contra sua vontade por ser homossexual, o Dr.Thredson, um psiquiatra de intenções e interesses maleáveis e o "Monsenhor". Conforme a vida das personagens são entrelaçadas,uma rede de corrupção vai sendo desvendada pelos internos que de "loucos" não tem nada. Em certa altura da História o Horror chega à Briarcliff na forma do demônio, gerando muitas reviravoltas na trama.
Mal encontro palavras pra descrever o quanto o arremate final SUPEROU minhas expectativas e me surpreendeu MESMO. O fechamento da Temporada foi como uma última peça que completa a ligação entre todos os fatos ocorridos desde o primeiro episódio e responde muitas questões que pareciam abertas, esquecidas e sem sentido. (O que senti muito na primeira temporada)
A atenção da produção aos detalhes e às referências ao Horror clássico no assassino Bloody Face, nos seus modos, complexos, instrumentos e principalmente em seu esconderijo. O primor com que se colocaram as questões psicológicas. A construção minuciosa da vida de cada personagem da Instituição, não se limitando aos personagens centrais e como essas histórias se cruzam. Cenários, figurino, efeitos, tudo impecável demais, bonito demais, estudado e trabalhado demais!
A descoberta da identidade do assassino de mulheres "Bloody Face" é de embasbacar o telespectador. De personalidade cautelosamente detalhada e a mente fria, a interpretação do ator é sensacional e leva do amor ao ódio, mesclando a pena e a raiva do personagem.
A Morte é apresentada também em forma humana sendo uma presença fantástica e muito erótica porém delicada, leve, tranquila e muito amorosa.
(Esse é um bom aviso, algumas cenas são bem explícitas então não recomento pra quem não tem maturidade -mental e sexual)
Mas particularmente deixo os maiores destaques por conta das cenas de possessão MUITO críveis e com um nível de fantasia baixo/moderado. Nada muito nonsense como costumo ver em series e filmes. (Notem que me refiro APENAS às possessões.)
A presença demoníaca age em grande parte com atitudes humanas e se aproveitando delas para montar seu jogo de manipulação, fazendo pensar. Poucas são as ocasiões em que o demônio se utiliza de forças sobrenaturais ou em que se tem um possuído revirando os olhos enquanto tem convulsões. O veneno é mais sútil, mais cuidadoso, elaborado e talvez por isso mais saboroso ao telespectador. A participação do diabo é indispensável pra história gerando consequências, cicatrizes e perturbações mais profundas no enredo e personagens.
E à atuação da Jessica Lange que me pareceu tão apagadinha na primeira temporada mas veio mostrando todo potencial que jà a levou à tantos prêmios! MAGNÍFICA!
Fazendo o telespectador ir aos extremos dos sentimentos e podendo haver inclusive uma certa empatia. É mais uma personagem cuja história assim que encerrada, faz pensar, repensar, e degustar todo tipo de análise e questionamento antes de engolir.
RECOMENDO, aplaudo em pé e vibro junto!!!
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