domingo, 23 de setembro de 2012

O Pulcinella: Marionete das engrenagens.

Um dos meus últimos trabalhos pra fora. Um alívio termina-lo depois de tantas pedras no caminho e uma felicidade e realização imensas pelo feedback que ele me deu :) Homônimo ao poema.

O Pulcinella: Marionete das engrenagens.

Por: Mariane Dorateotto.

Já não respira, já não sente, já não vive.
O sol envelhece e a água enferruja.
Fios e parafusos o inspiram e ele deixa que o aço o engula.
Monstros de chips e lata.
Já não existe coração
Foi forjado numa fábrica, mastigado, limitado e vomitado.
Sem pensamentos, olhos de vidro vagam vazios.
O homem deixa de existir, deixa o sonho e o ter pra trás pra ser... 
Tecnologia.


Nota final: Pulcinella (no Brasil “Polichinelo”) é um personagem da Commedia Dell’arte que representa os contrários, no caso do pequeno poema sendo estes o calor do afeto humano e a frieza das máquinas. 


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